Soneto de Camilo Pessanha
Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro,
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta que em vão procuro,
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
Cobrir-me o coração dum véu escuro...
Porque a dor,esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia,
As almas doidamente,o céu d'agora,
Sem ele o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Publicado por; Maria Briolanja Carmo
Caminho
Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro,
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta que em vão procuro,
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
Cobrir-me o coração dum véu escuro...
Porque a dor,esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia,
As almas doidamente,o céu d'agora,
Sem ele o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Publicado por; Maria Briolanja Carmo
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