A Poesia e o 25 de Abril |
Abril deu-me asas
e convidou-me a ouvir
baladas diferentes
Segui-o,
segui-o a pensar
que hei-de sempre
aprender
se for para a frente
Segui-o com a convicção
do poder me contentar
com o que ele me quiser
prendear
porque o ouro já possuo
no meu coração.
Oh Abril Esperança,
que me leva a aventurar
Em céus
com as cores do arco-íris
Oh Abril, que abres as portas
dos lares solitários
e invades os jardins
com risos infantis
Oh Abril
o sol também brilha
na cabeça do velhinho
que aspira a um cantinho
numa janela adornada
de mangericos
para seguir a memória longínqua
Oh Abril, a brisa também
suave suspira
no doente
que adormece
sob o olhar quente
duma alma carinhosa
que ainda é crente
Oh Abril
se possível fosse
dar-te a mão
e levar-te aos carentes
aos famintos
aos sedentos
e fazer nascer jardins
e fazer jorrar a água
das fontes ressequidas
pelo mau tempo
erigia-te um templo.
Publicado por:IldaCarol
Diana de Moura, Halifax, Canadá
email: diana@portugal-linha.pt
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